segunda-feira, 14 de maio de 2007

Debruçado no Balcão

Sexta Feira, dia 11 de maio de 2007, cheguei em casa cansado e com uma dor de cabeça que dava inveja a qualquer pessoa que sofre de enxaqueca, mas como é de costume peguei meu cigarro e fiz uma caipirinha e fiquei assistindo o Jô Soares, e como já tinha dado risada pra mais de metro na janta do pessoal do banco, continuei a rir com as piadas do Jô.
Mas de repente, estava debruçado no balcão da cozinha e me peguei pensando na pessoa pela qual tantas vezes perdi o sono, e que ainda hoje consegue me fazer refletir sobre a vida, e sobre os amores que a gente sente, amores muitas vezes impossíveis, também não tenho bem certeza se é impossível, mas temporariamente imposíbilitado de ocorrer.
Tentei escrever algo sobre aquele momento, mas não consegui...
Ai então comecei a ler e achei uma matéria falando sobre "Amor Platônico", e achei que se encaixaria perfeitamente no memento do qual estou fazendo um relato.

Publicarei aqui algumas coisas sobre Platonismo:

Todos já ouvimos falar de amor platônico e presumimos que ele está relacionado com a filosofia de Platão. O que é isso, exatamente?
O amor platônico é o mais incompreendido de todos os conceitos de Platão. As pessoas, que em sua maioria não conhecem a obra de Platão, pensam que amor platônico significa amor ascético ou assexuado. Isso não é verdade. Em O Banquete, Platão apresenta o amor sexual como um ato natural, mas com raízes infinitamente mais profundas.

No pensamento de Platão existe um princípio cósmico sobre o amor?Sim. Para Platão o amor é um princípio cósmico.
Ele afirmou que o amor é uma escada com sete degraus, que vão do amor por uma pessoa até o amor pelas realidades superiores do universo. Todo o livro O Banquete, sua mais importante obra sobre esse assunto, é dedicado ao amor em seus diversos aspectos. Ele diz que, mesmo que eu me apaixone por uma pessoa, atraído por qualidades, fixar-me exclusivamente nessa pessoa é permanecer no primeiro degrau de uma escada que possui muitos outros.O passo inicial nessa escada, para a maioria das pessoas, ocorre através do amor físico. Platão diz que o ser humano busca a imortalidade através da pessoa amada, por meio da procriação. Entretanto, fixar-se nesse primeiro degrau é permanecer parado, em comparação a tudo o que uma pessoa pode vir a ser.Isso não quer dizer que Platão negue o corpo ou o amor físico. Ele apenas afirma que, se eu deixar de ampliar esse relacionamento e não subir até os outros seis degraus, vou permanecer estagnado. Os passos seguintes são um desdobramento natural da condição humana.

Aonde mais o amor pode levar? Como ele pode crescer até dimensões maiores?O diálogo completo de O Banquete é a resposta de Platão a essa pergunta.
No livro, diversas figuras da sociedade ateniense estão reunidas discutindo a natureza, o sentido e as implicações do amor. Elas fazem várias descrições de amor, todas unilaterais, embora não falsas, até chegar a vez de Sócrates. Uma das pessoas disse que o amor nos faz adotar atitudes nobres para sermos merecedores do amado. Outra afirmou que o amor é uma espécie de frenesi e loucura, e outros, como Aristófanes, classificaram-no como a busca da nossa outra metade.Você poderia perguntar como é que a nossa "outra metade" se extravia. Segundo Platão, Aristófanes disse que todos as pessoas têm corpos duplos e dupla face. Haveria três tipos de humanos no mundo. Na figura homem/homem, o corpo todo era formado por figuras masculinas. Um outro tipo seria composto por elementos femininos, e por último haveria o masculino/feminino.

Agora a materia que me faz refletir:


Amor Platônico
COMO SE INVENTA UM ROMANCE
O amor platônico, todo romântico sabe, é aquele que nunca se concretiza. "Platônico" vem de Platão, justamente porque o filósofo grego acreditava na existência de dois mundos -o das idéias, onde tudo seria perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito, mera cópia mal-acabada do mundo ideal.
Segundo a psicanalista Heidi Tabacof, o amor platônico revela uma dose de imaturidade emocional, à medida que nunca experimenta os limites e as frustrações de uma relação concreta. "Psiquicamente, ele reproduz o amor infantil pelos pais, vistos como figuras perfeitas e supervalorizadas", diz ela, lembrando que nos dois casos a sexualidade está interditada. "O amor platônico é sempre casto." Como toda experiência amorosa, essa também pode servir ao autoconhecimento. Para a especialista, "o aspecto positivo do amor platônico surge quando ele estimula a reflexão sobre os motivos que impedem a pessoa de ter uma relação madura consigo mesma e com o outro".

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