quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Poesia - Fernando Pessoa

A Outra - Fernando Pessoa

AMAMOS sempre no que temos
O que não temos quando amamos.
O barco pára, largo os remos
E, um a outro, as mãos nos damos.
A quem dou as mãos?
À Outra.


Teus beijos são de mel de boca,
São os que sempre pensei dar,
E agora e minha boca toca
A boca que eu sonhei beijar.
De quem é a boca?
Da Outra.
Os remos já caíram na água,
O barco faz o que a água quer.
Meus braços vingam minha mágoa
No abraço que enfim podem ter.
Quem abraço?
A Outra.


Bem sei, és bela, és quem desejei...
Não deixe a vida que eu deseje
Mais que o que pode ser teu beijo
E poder ser eu que te beije.
Beijo, e em quem penso?
Na Outra.


Os remos vão perdidos já,
O barco vai não sei para onde.
Que fresco o teu sorriso está,
Ah, meu amor, e o que ele esconde!
Que é do sorriso
Da Outra?
Ah, talvez, mortos ambos nós,
Num outro rio sem lugar
Em outro barco outra vez sós
Possamos nos recomeçar
Que talvez sejas
A Outra.


Mas não, nem onde essa paisagem
É sob eterna luz eterna
Te acharei mais que alguém na viagem
Que amei com ansiedade terna
Por ser parecida
Com a Outra.


Ah, por ora, idos remo e rumo,
Dá-me as mãos, a boca, o ter ser.
Façamos desta hora um resumo
Do que não poderemos ter.
Nesta hora, a única,
Sê a Outra.

Atenção Colorados

Em novembro do ano passado, o pesquisador Ricardo Bestetti e o repórter Thiago Dias da Rede Globo, estiveram no Japão com o Internacional para a companhar o Campeonato Mundial de Clubes, e fizeram um compromisso de que se o Inter fosse campeão Mundial escreveriam um livro juntos.

Estava feito o compromisso. A trabalho pelo GLOBOESPORTE.COM, Thiago, foi ao Japão e acompanhou de perto a campanha do Inter na conquista do Mundial de Clubes da Fifa de 2006. Ficou no mesmo hotel e nos mesmos vôos dos jogadores. Realizou o sonho de qualquer torcedor colorado. E após ter se passado um ano, ele está cumprindo a promessa feita ao amigo pesquisador: já está à venda na Feira do Livro de Porto Alegre e no site Livrosdefutebol.com o livro "O Colorado Internacional", que conta detalhes de todas competições internacionais já disputadas pelo clube.


Abaixo, alguns trechos das entrevistas exclusivas para o livro:

O DESABAFO DE ABEL BRAGA

Em 2004, Abel Braga foi vice-campeão da Copa do Brasil com o Flamengo. Um ano depois, ficou em segundo lugar novamente no torneio, desta vez com o Fluminense. Aceitou o desafio de comandar pela quarta vez o ao Internacional em 2006 - após passagens em 1988/1989, 1991 e 1995 - e já começou a temporada perdendo a final do Campeonato Gaúcho para o Grêmio, coisa que nenhum colorado gosta.
No momento que o árbitro Carlos Batres apitou para o centro de campo naquele dia 17 de dezembro de 2006 e decretou a vitória do Inter por 1 a 0 sobre o poderoso Barcelona, Abel não poderia ter pensado em outra coisa com o título mundial em suas mãos: “E falavam que eu era só vice...”
(...)
Na hora que viu seu time bater o Barcelona no Japão, tudo isso passou na cabeça do treinador. “Convivo muito bem com críticas, mas no Brasil é tudo oito ou oitenta. Conquistei títulos, cheguei duas vezes seguidas à final da Copa do Brasil, trabalhei na Europa... Estaria milionário se conseguisse tanta coisa assim com um time estrangeiro. Acho que sou melhorzinho do que falam”, disse Abelão.

OS MAIORES PARA FERNANDO CARVALHO

Para Fernando, o time de 2006 não conseguiu superar o de 1976 em qualidade. Mas alguns jogadores campeões mundiais tornaram-se mais importantes na história do clube. Casos do capitão Fernandão e do goleiro Clemer. “O Fernandão superou o Falcão em importância. Ele foi um capitão de verdade, soube defender o clube, levantou a taça”. E na briga pela camisa 1? “O Manga foi melhor, mas o Clemer entrou para a história com um grande Mundial. Ele foi mais importante”. O mesmo elogio vale para o técnico Abel Braga. “O Inter tinha dois treinadores marcantes: Teté (Francisco Duarte Júnior) e Rubens Minelli. O Abel virou o terceiro e, para mim, o maior da história”.

A REVELAÇÃO DE GABIRU

Antes de o técnico Abel Braga revelar a lista dos jogadores que viajariam para o Japão, parte da imprensa e a maioria dos torcedores pressionavam para Gabiru ficar fora. Segundo o jogador, até mesmo dentro do clube havia quem o queria longe de Tóquio e Yokohama: “Eu não ia para o Mundial, eu sei disso. Algumas pessoas da diretoria não queriam me levar. O Abel que me bancou, bateu de frente com eles”, revelou. A versão é negada por Fernando Carvalho, presidente do Inter em 2006. “Isso nunca aconteceu. Eu mesmo era um dos grandes defensores dele”, disse o dirigente.

A COPA DE FERNANDÃO

Com poucas passagens pela seleção brasileira, a disputa do torneio organizado pela Fifa virou prioridade na carreira do camisa 9. O craque deu tanta importância ao Mundial que foi o único jogador a levar um assessor de imprensa ao Japão. Bruno Junqueira seguia os passos do atacante e ficou responsável por atualizar o site oficial do capitão colorado, que escrevia também um diário virtual sobre a passagem pelo Oriente. “Antes de viajar, eu disse que aquela competição seria uma Copa do Mundo para todos nós que não tínhamos oportunidades na seleção”, lembrou.

O RECONHECIMENTO DE DECO

O meia Deco chegou ao Japão como cidadão português. Mas o camisa 20 do Barcelona, nascido em São Bernardo do Campo (SP) em 1977 e naturalizado lusitano em 2003, tinha o mesmo objetivo de dez entre dez jogadores de futebol brasileiros: ser campeão do mundo de clubes. Em 2006, ele estava do lado mais forte, foi eleito o melhor do Mundial e tinha craques como Ronaldinho Gaúcho ao seu lado. No entanto, perdeu a taça para o Internacional e viu seu sonho ser adiado.
Sonho é exatamente a palavra que Deco usou em depoimento a este livro, quase um ano depois da final de Yokohama, para descrever a diferença entre o Barça e o Colorado naquela decisão: “Para o Barcelona, o Mundial era mais um objetivo na temporada. Para o Inter, um sonho a ser realizado. Eles mereceram”.


segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Reflexões

Estava sentado remoendo os pensamentos, e refletindo no que realmente faz a gente feliz, o que realmente importa. E lembrei desse comercial do Grupo Pão de Açucar, que tempos atrás um amigo meu me mostrou e por ter me encantado e também feito refletir, estou postando-o e pedindo que cada um pense nisso.

Será que são coisas materiais inanimadas que nos fazem feliz, ou nossos sentimentos e as pessoas que nos cercam é que trazem a felicidade para as nossas vidas.

Fica então o vídeo e o texto maravilhoso e inpirado do Sr. Arnaldo Antunes, para que possa ser feita a reflexão.

Bom Final de Semana.

Vídeo – “O Que Faz Você Feliz”


A lua, a praia, o mar
A rua, a saia, amar…
Um doce, uma dança, um beijo
Ou é a goiabada com queijo?

Afinal, o que faz você feliz?

Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde,
Arroz com feijão, matar a saudade…
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?

Um filme, um dia, uma semana,
Um bem, um biquíni, a grama…
Dormir na rede, matar a sede, ler…
Ou viver um romance?

O que faz você feliz?

Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir à toa,
Um pássaro, ser dono do seu nariz…
Ou será um choro que te faz feliz?

A causa, a pausa, o sorvete,
Sentir o vento, esquecer o tempo
O sal, o sol, um som
O ar, a pessoa ou o lugar?

Agora me diz: O que faz você feliz?

(Arnaldo Antunes)



segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O Segredo – “A Reflexão”





Outra noite se termina pras bandas da província e mais uma vez me encontro sem sono, e sentado em frente ao computador, tentando colocar algumas palavras no papel.
Depois de ter olhado o documentário de “Auto-Ajuda”, O Segredo (The Secret), fiquei pensando em cada frase, em cada palavra que o tal documentário – filme – reproduz, a Lei da Atração, o Pensamento Positivo, o poder de ter e conseguir tudo que desejamos e acreditamos, pensando se realmente é possível fazer com que o universo se torne um catálogo de coisas maravilhosas e se realmente o poder da mente, poder de ter auto-estima e de ser positivo, podem tornar nossos sonhos, realidade, e que possamos vislumbrar cada um de nossos desejos.

Se realmente isso é possível?
Eu não sou o mais indicado a dizer, não sou o mais positivista, mas também não sou um seguidor de Murphy, que em sua tese tudo tende a dar errado, ou sair de uma maneira que não desejamos. Mas não custa nada mudar um pouco nossa vida e o modo que a vemos para tentar fazer com que as coisas aconteçam e venham a calhar no nosso dia-a-dia.

Daqui pra frente vou procurar mudar, e ao invés de falar de tristezas falarei somente das alegrias, e ao invés de falar que não poderei conseguir, falarei apenas que posso, e que vou consegui.
Também não chegarei a ponto de ser hipócrita o bastante, para não reconhecer que eu falhei, que eu não cumpri com meu objetivo, mas pelo menos eu vou poder dizer que eu tentei, que eu tentei fazer com que meus sonhos se tornassem realidade, não ficarei mais sentado esperando que as coisas venham até mim, levantarei-me e procurarei fazer tudo, com muita determinação.

Esse é o meu modo de ver e entender O Segredo, e meu modo de lidar com a minha vida.